A educação corporativa pode ser entendida como um processo no qual funcionários de todos os níveis estão envolvidos em um aprendizado contínuo e permanente para o desenvolvimento de competências individuais e organizacionais, que tem como missão favorecer o alcance das metas organizacionais.
O Treinamento e Desenvolvimento (T&D) tradicional das empresas era focado em capacitações pontuais para desenvolver habilidades específicas do trabalhador. No entanto, a era do conhecimento e as mudanças constantes do mundo VUCA (volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade) exigiram maior conexão entre o T&D e a estratégia do negócio. Assim, ampliou-se o papel do T&D para englobar o aprendizado humano nas organizações sob a perspectiva da Educação Corporativa (EC), cujo conceito tem origem nos trabalhos de Jeanne Meister com a criação das Universidades Corporativas.
A educação corporativa pode ser entendida como um processo no qual funcionários de todos os níveis estão envolvidos em um aprendizado contínuo e permanente para o desenvolvimento de competências individuais e organizacionais, que tem como missão favorecer o alcance das metas organizacionais. Nesse sentido, a autora Marisa Eboli definiu sete princípios de sucesso da EC. Vamos a eles!
Fonte: (EBOLI, 2004).
O princípio da competitividade significa valorizar a educação como forma de desenvolver o capital intelectual, transformando efetivamente os colaboradores em fator de diferenciação da empresa. Para que o sistema de educação corporativa seja bem-sucedido é preciso alinhamento entre o desenvolvimento de talentos (competências humanas) e as estratégias de negócio (competências empresariais e organizacionais).
O princípio da perpetuidade tem a ver com a doutrina e os valores que a corporação deseja que sejam transmitidos a fim de perpetuar sua existência. Nesse sentido, a educação corporativa é um dos principais veículos de consolidação, fortalecimento e disseminação da cultura organizacional.
O princípio da conectividade tem o papel de integrar a educação corporativa com a gestão do conhecimento para fortalecer a construção social do conhecimento e a troca de experiências. Um aspecto bastante ressaltado nos projetos bem-sucedidos de educação corporativa é o uso de tecnologias para criar um ambiente organizacional propício à aprendizagem ativa, contínua e compartilhada.
O princípio da cidadania traz o papel de formação de sujeitos capazes de refletir criticamente sobre a realidade organizacional. O profissional da era do conhecimento não é um mero executor de tarefas, ele também contribui para desenvolver a criatividade e a inovação na solução de problemas. As empresas reservam cada vez mais espaço em suas agendas para questões éticas e de responsabilidade social e ambiental.
O princípio da parceria tem dois aspectos: a parceria interna e a parceria externa. Internamente, é fundamental que as lideranças se envolvam e se responsabilizem pela educação e aprendizagem de suas equipes. As parcerias externas conciliam os objetivos do servidor, da organização e da instituição de ensino (externa) para a criação conjunta de programas educacionais a fim de garantir a qualificação da força de trabalho com as competências necessárias à organização.
O princípio da sustentabilidade está atrelado à mensuração dos resultados gerados pela educação corporativa para o negócio da organização. Nesse sentido, devem ser estabelecidos indicadores fidedignos para apurar os resultados dos investimentos em T&D. As propostas mais promissoras nesse sentido aplicam avaliações antes, durante e depois dos programas de treinamento.
A construção social do conhecimento organizacional por meio da sinergia entre programas sociais e educacionais, um dos princípios das universidades corporativas, é um caminho que vem sendo percorrido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).
Ou seja, a corporação preza pela formação profissional continuada de seus integrantes ao mesmo tempo em que cuida da educação da comunidade por meio de programas sociais e do Colégio Militar Dom Pedro II. Nesse sentido, há que se recordar os ensinamentos de Meister “as empresas mais bem-sucedidas, ao invés de esperar que as escolas tornem seus currículos mais relevantes para a realidade empresarial, resolveram percorrer o caminho inverso e trouxeram a escola para dentro da empresa”.
A Fundação 193 é parceira do CBMDF nesse caminho!
Ten-Cel André Telles Campos
Doutor em Física e especialista em Gestão Educacional
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Ótimo artigo!! Parabéns ao autor, Acredito que a aplicação efetiva desses 7 princípios, funcionando num processo sistêmico e bem divulgado é o sonho de consumo da área de Gestão de Pessoas.
Obrigada por suas observações Angélica Mello.