Arquivos de Categoria: Datas Comemorativas

Setembro Amarelo

CBMDF em ação – CBMDF

O dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Os Bombeiros são vistos como heróis anônimos, guardiões da sociedade, anjos na terra e tantas outras denominações carinhosas com as quais nos batizam. É certo que fazemos todo o possível para merecer essa distinção. Trabalhamos com amor, altruísmo e abnegação da própria vida, pois somos muito bem treinados para isso.

É quase impossível para qualquer um de nós compreendermos o tamanho do próprio heroísmo.

Não há um sequer que afirme: “ Sim, eu sou um herói! ”.

E isso não é modéstia. O passar ilimitado de vezes pelas mesmas situações, nos torna incapazes de entender a própria grandeza de nossa missão. É virtude. É impulso. É treinamento. É missão. É um orgulho.

E quando nós precisamos de ajuda?

E quando o cansaço da rotina nos deixa frágeis e fracos?

E quando chega o dia em que não aguentamos mais passar pelas mesmas coisas?

Nestes dias, é bem difícil permanecer um herói, mas permanecemos.

Em alguns setores mais atuantes, é bem extenuante a rotina do bombeiro. É nessa hora que o verdadeiro espírito do heroísmo surge. É quando ele passa a pensar mais nos outros que em si mesmo. Passa a ter mais preocupação com sua missão do que com sua própria saúde, com sua própria vida.

Quando o próprio Bombeiro não entende que precisa de ajuda a ponto de, preventivamente, sair da rotina e se afastar das missões que, outrora prazerosas, agora são um martírio, cada plantão se torna um fardo.

Como militares, preparados para obedecer às ordens, mesmo exaustos, acabamos trabalhando e tentando sempre fazer o melhor. Calamos a dor e fazemos do silêncio o nosso tratamento individual. Expor o que talvez possa ser visto como fraqueza, nem sempre se torna uma decisão fácil.

Se acumulam o excesso da rotina pesada de ocorrências, os problemas externos ao trabalho, familiares, financeiros, psicológicos, sentimentais e emocionais. É quando o herói que socorre grita por socorro e ninguém ouve. É quando se interiorizam os problemas, por não ver solução. É quando o problema vira doença.


Depressão, ansiedade e síndrome do pânico, têm acometido um número cada vez crescente de militares nos últimos tempos. Bombeiro não é máquina. Ninguém é feito de ferro. Ser humano nenhum é, ao contrário do que nós mesmos pensamos. Porém, muitos acham que são invencíveis e não admitem a existência de dificuldades e não pedem ajuda, nem mesmo para a própria família.

Cada um sabe como é difícil e heroica a missão de permanecer um herói. Então, fique atento ao colega da guarnição que pede socorro silenciosamente. Fique atento ao colega do quartel que resiste em pedir auxílio. Observe o amigo de seção que mudou drasticamente nos últimos dias. Conversem entre si, se ouçam, se ajudem, informem à chefia imediata cada caso suspeito.

Somos Bombeiros sim, mas não somos máquinas e nem de ferro.

E muitas vezes, somos nós que estamos pedindo ajuda, somos nós que precisamos de apoio, somos nós que precisamos ser protegidos, resgatados e salvos.…

Dia do Soldado

GAEPH forma 33 novos socorristas – CBMDF

O Dia do Soldado é celebrado no Brasil em 25 de agosto. A data foi escolhida em homenagem ao General Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, considerado o patrono do Exército Brasileiro, sendo uma data comemorada pelas Forças Armadas e pelas Forças Auxiliares do Brasil.

No Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, é uma data comemorativa em que, oportunamente, se homenageia toda a tropa de homens e mulheres, do soldado mais moderno à Coronel Comandante-Geral.

O Dia do Soldado é um momento de reconhecimento e valorização do trabalho e dedicação dos militares que atuam na proteção de vidas, bens e meio ambiente. Trazendo, também, uma oportunidade para refletir sobre a essencialidade dos servidores públicos militares na sociedade e a importância de seu trabalho.

Falar nos Soldados em geral, é lembrar de todos: Oficiais e Praças. É lembrar de todas as gerações que serviram e servem a Instituição, desde as que já deixaram o seu legado, quanto as que estão construindo o futuro.

E não há como falar sobre o Dia do Soldado, sem citar o início e o ingresso da carreira.

Dia do Soldado é dia de lembrar com humildade que todos nós viemos do Forte Apache, da ABM, do CTO e do CEFAP.

Nascemos nas Torres Yokohama e Tóquio, aprendemos com o Lago e com o Fogo. Nos educamos nos pátios, nas salas de aula, nas viaturas e nas flexões pagas. E hoje depois de todo o conhecimento adquirido, passamos a ser os Bravos, os Leões, os Guerreiros, os Audazes, a Base, os Guardiões, os Deltas e Florestais.

Somos todas as OBMs.

Somos, simplesmente, Bombeiras e Bombeiros, que vieram da inesquecível farda caqui e do lendário macacão azul e hoje vestimos o onipresente uniforme laranja. Somos toda uma Corporação unida por um cinto de cor vermelho-vivo.

O cinto que nos une é o mesmo que nos lembra que servimos a uma comunidade e trabalhamos para salvar vidas, independente de títulos ou brevês, postos ou graduações. Somos todos nós, Soldados do CBMDF, responsáveis pelos resgates, salvamentos, buscas, combates e missões.

Somos todos, a prontidão,

Somos todos SOLDADOS DO FOGO como cantamos em nossa canção.

Feliz dia do Soldado!

Vidas Alheias e Riquezas Salvar!

Cleonio Dourado de Souza
Major Intd. Veterano

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Agosto Lilás: mês da conscientização pelo fim da violência doméstica.

A lei Maria da Penha*, que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, bem como educar a sociedade acerca do tema, foi promulgada em agosto de 2006, daí o motivo de que em tal mês são realizadas campanhas de propagação de informações e ações que promovem a cultura da não violência de gênero.

Mas de onde vem esse tipo de violência? Discutir sobre violência doméstica e familiar contra a mulher é falar de reflexos estruturais da nossa sociedade, dos papéis de gênero impostos e constantemente avaliados, de contextos históricos e culturais de inferiorização e desvalorização da mulher.

Numa sociedade em que as relações de gênero estruturam-se na discriminação e na qual as pessoas crescem escutando e vivenciando estereótipos que promovem o preconceito e que podem colocar pessoas em situações de violências, facilmente essa estrutura será naturalizada e perpassada por gerações.

Para exemplificar tal desvalorização, não muito distante a mulher era proibida de estudar, trabalhar no âmbito público, votar, participar da vida em sociedade e de poder fazer as próprias escolhas, dentre outros recortes. Sua vontade pertencia, inicialmente, ao seu genitor, e, ao casar-se, passava a pertencer ao seu marido, ou seja, sempre vinculada a uma figura masculina.

Desses fatos resultam simbologias e narrativas de objetificação e subjugação das relações entre homens e mulheres, das quais se originam variados tipos de violências: assédios moral e sexual, importunação sexual, violência institucional, violência simbólica, violência política, lesão corporal, estupro, violência doméstica e familiar contra a mulher, e o mais alto grau na escalada da violência, o feminicídio.

O primeiro passo para quebrar esse ciclo de violências é a divulgação de conhecimento acerca das distintas possibilidades de existência entre pessoas de gêneros diferentes, e suas nuances; a promoção de espaços que fomentem discussões sobre a temática para o público em geral; a implementação de espaços/grupos reflexivos de pessoas autoras de violência… de modo a construir/reconstruir comportamentos que conduzam à promoção do respeito aos direitos da mulher em sua integralidade.

Nem todas as pessoas sabem reconhecer uma violência sofrida ou ao menos diferenciar cada um dos cinco (05) tipos de violências elencados na lei Maria da Penha: física, psicológica, moral, patrimonial e sexual. O papel dessa lei é, inicialmente, educar a sociedade sobre o tema, a fim de propagar informações e elucidar dúvidas do que venha a ser violência doméstica e familiar contra a mulher; elenca medidas integrativas de assistência à mulher em situação de violência; enumera (rol não taxativo) medidas que podem ser tomadas pelas autoridades competentes (medida protetiva de urgência à ofendida, bem como ao agressor), e, por fim, traz determinações punitivas em caso de descumprimento de alguma medida imposta.

Ademais, a própria lei traz, em seu artigo 8º, a importância da atuação em conjunto entre os entes federativos para promoção de ações articuladas voltadas à política pública de coibição da violência doméstica e familiar contra a mulher, sendo que, o inciso VII aborda “a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e dos profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso I quanto às questões de gênero e de raça ou etnia”.…

Dia Nacional da Saúde no pós-pandemia

Ao apagar das luzes do ano de 2019, nascia uma nova variante de um vírus conhecido por poucos, mas que todos, num curto espaço de tempo, o conheceriam. Não apenas o seu nome, coronavírus, ficou conhecido, mas todas as suas variantes, mutações e danos que este microrganismo, que ameaçava globalmente a existência da raça humana, passaram a ser amplamente divulgado em todos meios de comunicação.


Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS), reconheceu que a COVID-19, doença causada por esta variante de coronavírus, se tornava uma moléstia pandêmica e ameaçadora para a saúde, em todos os seus níveis (físico, emocional, espiritual, social e financeiro) para todos os humanos habitantes do globo terrestre.

De forma semelhante às especulações dos asteroides que extirparam a vida dos dinossauros há milhões de anos, seria este o asteroide dos humanos? Isso perdurou até Maio de 2023, quando a mesma OMS decretou o fim da emergência da saúde global da pandemia.

Agora vive-se, efetivamente, o primeiro Dia Nacional da Saúde pós pandemia.


Apesar de ainda se ter o convívio da COVID-19, ela está num cenário distinto, no qual é mais bem compreendida e não se mostra tão letal como outrora. O que pensar da saúde daqui pra frente, então?

Dados científicos mostram que pela primeira vez, desde o final da Segunda Guerra Mundial, a expectativa de vida teve uma redução. Os Estados Unidos, por exemplo, segundo o seu órgão Controlador de Doenças e Prevenção (CDC), revelou uma diminuição na expectativa de vida dos americanos, reduzindo de 79 para 76 anos.

Nesta mesma linha, artigo publicado na revista científica Nature Human Behaviour, mostrou que os países europeus, de forma global, também tiveram redução na expectativa de vida da sua população.

Todos estes dilemas mudaram o que os seres humanos almejam como saúde e como qualidade de vida.

Percebeu-se que laços entre Economia e Saúde são mais fortes que se podia imaginar. Não apenas a saúde dos indivíduos merece atenção, mas a saúde econômica dos países, num mundo totalmente interligado, mereceu especial cuidado.

Foi necessária uma conciliação entre a força motriz da Economia, o trabalho e a produção, com os devidos cuidados com o isolamento social requerido pelos especialistas em saúde, para que ambos pudessem caminhar de maneira interligada a fim de promover o arrefecimento da curva ascendente de casos e de mortalidade pela COVID-19. Nunca foi tão discutido tanto sobre a economia local e a própria subsistência para não agravar também a saúde financeira dos indivíduos.

Afinal de contas, será que sair ileso da pandemia, mas não se possível prosseguir com a vida como ela é, faria algum sentido?

Além disso, os problemas de saúde de ordem física deram espaço cada vez mais para os problemas mentais. Os medos, os receios do desconhecido e o próprio isolamento social mostraram o quanto os seres humanos são seres sociáveis. Nunca foi sentida tanta saudade entre vizinhos, parentes, amigos, colegas de trabalho E também saúde de tarefas simples: passear com o cachorro, tomar o cafezinho da padaria ou o simples passeio na praça no final da tarde.…

Divas do Fogo

Dia 03 de julho de 2023, elas 30taram!🎊🎈🎂🥂🎉

Quanta negligência foi cometida para com essas meninas/mulheres.

Eram meninas que ousaram ingressar na Instituição mais “embrutecida” da SSP, quando não se resolvia na técnica a força era exercida em prol de outra vida.

Os olhos e as más línguas cresceram em cima delas, pensavam que se tornariam os elefantes brancos, outros achavam que ficariam no rancho.

Diferente das cadetes que ficavam isoladas na ABMil, elas foram forjadas na Toca dos Leões – o amado e imponente Bravo 2° BI

42 meninas, de quarentena, na unidade mais operacional do DF, que atendia Taguatinga Centro, Sul, Norte, Elmo Serejo, Hélio Prates, BR 060, BR 070… Por 40 dias o brado era uma constante (manhã, tarde, noite) aliado aos gritos de: Entrar em forma! Direita Volver! Bomba armar! … Em meio as diferenças, TPM’s, a fila no orelhão, privação de sono, do aconchego familiar e sem uma militar de exemplo junto a coordenação… Se alinharam, não se mataram, sobreviveram, tornaram-se exemplos para as contemporâneas e As Dinos para atuais, do limão fizeram uma limonada e se intitulam de As Divas!! E realmente sããooo… Entre elas não há tripulantes, nem brequianas mas foram elas que deram a cara a tapa ao preconceito escancarado, desbravaram o terreno instável para que as próximas BM’s aproveitassem o caminho suave.

Das 42, algumas foram em busca de outros ares, outras estão nos braços do Pai.

Aquelas que permaneceram, peço licença para usar o nome pessoal.

Elisangela, a Lili, foi a que iniciou o recall na pessoa aqui, tirando uns espinhos aqui, freiando umas ervas daninhas ali e a saaauudade já bate aqui.

Francileide e Cirlene, Fran e Cici, aprendi que muitas vezes o mais antigo será o último a descansar, folgar, que o bem feito traz paz ao ❤️… E graças a elas na 1a gestação doormiii de Muuuuiito.

Com Alessandra vi que antiguidade é posto e que Alessandra Soares estava ótimo para mim..kkk… E que depois Alessandra Campos ficava biito

Eu e Simone viramos as gêmulas, as Mulheres Maravilhas do Gabinete do CMT Geral, eu sendo a mais grossa ela a mais política

Maria e Gilzelia provaram Provérbios, há amigos mais chegados do que irmãos

Fábia, Luzia, Dulci trazem leveza para vida e as gargalhadas são garantidas e fico com a impressão que sou nanica

Lucineide, Cristiane, Ana Paula, Adriana são as brabas, trabalhando direitinho elas brigam por ti… Oh! Glória ficamos debaixo das asas e elas empunham a espada

Gleide e Gláucia são as representantes da ONU sendo a Floquinho mais docinha e Gleide mais estrategista

Dizem que Cleonice é ranzinza mas comigo só é distraída

Kátia, Kátita, é a baixinha, mas é gigante em amor e beleza

Priscila, Shirloca parecem irmãs, conversam sobre tudo, fico com a sensação que conheço toda a família, vizinhos… Kkkk

Rita, Ave Maria! Nunca mais tiro GSV de Florestal contigo, só de pensar me falta o ar, nem tanto pela fumaça, com certeza pelo seu passo aceleeeraaado

Rejane é a Barbie dessa turma, esqueçam o perfil esteriotipado, foquem no lado multifacetado..…

DIA DO VETERANO

A data de 04 de julho ficou instituída como Dia do Bombeiro Militar Veterano, por meio da Lei nº 6.313/2019, e visa reconhecer a bravura destes militares.

A intenção da Lei foi trazer ainda uma nova denominação ao bombeiro militar reformado e da reserva, que a partir daí passaram a ter a denominação de VETERANOS.

30 anos!

Essa é a famosa expressão para designar o tempo de serviço que precisar ser alcançado para se obter o direito à reserva remunerada. É uma regra que tem suas exceções. Para alguns foi mais, para outros menos.

Mas é o tempo de uma vida para todos.

Uma vida dedicada ao lema “Vidas Alheias e Riquezas Salvar”.

Uma vida dedicada ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.

Dia após dia, no cumprimento dos deveres e das missões dedicadas à conservação, proteção, resgate e salvamento de vidas, bens e meio ambiente da comunidade. E nada se iguala a satisfação que o cumprimento do dever traz.

Após concluírem todas as missões e com a certeza do dever cumprido, exercendo o que de melhor sabem fazer, que é servir, muitos “penduram as chuteiras” como dizem por aí. No caso dos Bombeiros, penduram as botas, com as quais pisaram o solo de incontáveis locais de socorro.

Fica o nosso agradecimento pela amizade, pelas lições de vida, pelo exemplo, pelo ensinamento repassado, pelo conhecimento compartilhado, pela abnegação no comprimento do dever bombeiro-militar.

São merecedores do direito que conquistaram, são merecedores de todas as honras e reconhecimentos, são merecedores de nossa continência mais orgulhosa, pois honrar o passado em prol do entendimento do presente é essencial para a construção de um futuro sempre melhor. Saibam que o nosso hoje foi construído por cada um de vocês.

Nossa gratidão a todos os guerreiros e guerreiras que hoje estão na Reserva Remunerada. Sem os senhores e senhoras nunca teríamos chegado até aqui. E a nossa realidade institucional atual seria diferente.

Parabéns por honrarem o cinto vermelho, o nosso lema, as nossas tradições e a nossa profissão.

A casa é, e sempre será, dos senhores e senhoras!

Muito obrigado e que Deus dê vida longa aos Veteranos e Veteranas!

MAJ QOBM/Intd Cleonio

Crédito da foto: @marciovazfotografia.arte

Marcha Rio-Brasilia

No dia 27 de junho de 2023 a marcha General Riograndino Kruel mais conhecida como marcha Rio-Brasília completa 58 anos e é mais um fato histórico que demonstra o Valor do Soldado do Fogo.
A marcha foi idealizada pelo Cabo Borges que fazia parte do grupo que aguardava transferência e instalação, quando ocorreu a transferência da capital federal do Rio de Janeiro para Brasília.
A proposta era que 30 militares se deslocassem a pé do Rio de Janeiro para Brasília com o propósito de deixar a marca valorosa quando da estruturação do Corpo de Bombeiros na nova capital federal.
Com a aprovação da marcha, os bombeiros saíram da Praça Mauá no dia 02 de junho de 1965, acompanhados por um caminhão e uma ambulância. Os militares caminhavam em torno de 30 km por dia e cumpriram o percurso de 1251 km, em 25 dias.
Segundo o jornal da época, os militares enfrentaram algumas dificuldades no percurso, tais como falta de água e calos nos pés mas apesar das intempéries, os bombeiros-andarilhos, como foram chamados pela manchete do jornal, chegaram bem-humorados, sorridentes, contando anedotas, ouvindo rádio a pilha e apesar do cansaço e ansiosos para chegarem, acamparam próximo ao Catetinho onde descansaram até a meia-noite.
Concluindo a última etapa da marcha, foram recebidos pelo General Riograndino Kruel, chefe de polícia do DFSP, pelo capitão Arlindo Jacarandá, então Comandante Geral do Corpo de Bombeiros e demais autoridades no Eixo Monumental, sob aplausos do público que os aguardava.
Os militares disseram aos jornalistas da época que se sentiam orgulhosos por virem integrar a equipe pioneira que já se encontrava em Brasília, afirmando que tudo fariam por esta nova cidade que passaria a ser seu novo lar.
Em 2004, o pelotão JK do CBMDF realizou um tributo aos pioneiros do corpo de bombeiros caminhando de Brasília ao Rio de Janeiro, retribuindo a força e a coragem demonstrados no passado, exatamente há 40 anos. O grupo fez ao mesmo percurso, só que ao contrário, também em 25 dias. Durante o percurso, a equipe atendeu à 4 ocorrências de acidentes com veículos na BR-040, além de extinção de incêndio à beira da estrada por onde passaram. A equipe foi composta por uma representante do corpo feminino.
A passagem do grupo foi festejada em algumas cidades cariocas e a bandeira do Quartel Central do CBMDF foi entregue à corporação do Rio de Janeiro como homenagem aos integrantes da marcha Rio-Brasília.
Assim como a marcha inicial foi idealizada por um Cabo, a marcha de Tributo aos Pioneiros também nasceu do sonho de um cabo, o Cabo R. Lúcio que sonhava em fazer a viagem a pé. Em 1999, ele compartilhou seu sonho com o cabo V. Mesquita e enquanto eles treinavam surgiu a ideia de fazer o percurso inverso, dessa forma o grupo cresceu e teve apoio do Comando Geral que autorizou a marcha no BG nº 81 de 04 de maio de 2004 como parte das comemorações dos 40 anos de instalação do CBMDF tendo ocorrido a solenidade de início dessa missão às 9h do dia 25 de maio, no Patio do QCG.…

Junho Violeta: mês da conscientização sobre a violência contra a pessoa idosa

O dia 15 de junho foi instituído, em 2011, pela Organização das Nações Unidas (ONU) em conjunto com a Rede internacional de prevenção ao abuso de idosos (INPEA), como data mundial de conscientização e enfrentamento da violência sofrida por pessoas idosas, a fim de gerar visibilidade a questões relacionadas aos diversos tipos de violências cometidas contra esse público e desenraizar preconceitos e discriminações, como o idadismo.

Segundo indicadores de violência contidos no site do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MHDC, 2023),

apenas nos primeiros cinco meses de 2023, o Disque 100* recebeu mais de 47 mil denúncias que apontam para cerca de 282 mil violações de direitos contra esse segmento social. No ano passado, os registros oficiais revelaram mais de 150 mil violações a partir de mais de 30 mil denúncias. Isso representa aumento 57% nas denúncias e de 87% nos registros de violações de direitos estatisticamente. Os números são do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.

Conforme o estabelecido no Estatuto da Pessoa Idosa (lei nº 10.741/2003): “considera-se violência contra a pessoa idosa qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico”. Violência doméstica, física, emocional, patrimonial, financeira, exploração, abandono, são alguns exemplos vivenciados no cotidiano de idosos, sem mencionar a existência de subnotificações que “mascaram” os dados acima. 

O abandono, forma de violência que se manifesta pela ausência de amparo ou assistência pelos responsáveis em cumprir seus deveres de prestação de cuidado à pessoa idosa, foi classificado em primeiro lugar no ranking das violências mais denunciadas.

 Variadas são as formas de discriminação e podem representar violação de direitos da pessoa idosa, até mesmo disfarçadas de “cuidado”, sem que seus/as os/as autores/as tenham clareza de que alguns comportamentos e ações afetam a dignidade dessas pessoas, a exemplo do impedimento de manuseio do próprio dinheiro, chamamento por pronomes/nomes pejorativos, desvalorização de vontades e desejos, isolamento, resultando no Idadismo/Etarismo, que é o preconceito ou discriminação vivenciados em razão da idade.

No dia 14 de junho, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi convidado a participar da cerimônia de abertura do Seminário Nacional de Direitos Humanos da Pessoa Idosa, evento alusivo à campanha Junho Violeta, que contou com a presença do Ministro de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida.

Na ocasião, foram apresentadas ações e iniciativas de políticas públicas voltadas às pessoas idosas e ao enfrentamento dos diversos tipos de violências sofridas por esse público. E que, assim, como as demais campanhas alusivas ao presente assunto, visam conscientizar a sociedade sobre a importância da atuação conjunta (poder público, sociedade civil e instituições privadas) pela garantia e ampliação dos direitos aos idosos.

O CBMDF atua com frentes voltadas para o público interno, ou seja, os/as militares da reserva remunerada, seus dependentes legais e pensionistas, por meio de diversos setores da instituição, a exemplo de atendimentos e intervenções na área da saúde física e psicológica, no reconhecimento e homenagens aos/às militares veteranos/as, bem como de ações de promoção e prevenção em saúde mental, a exemplo do PREPARAR – programa de preparação para a reserva remunerada.…

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