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HPA´s: Um perigo invisível

É de grande notoriedade social que o trabalho realizado pelos profissionais do corpo de bombeiros é de extrema importância. Diariamente, bombeiros estão sujeitos à diversas fontes de perigo, algumas delas, invisíveis ao olho humano e com grande potencial destrutivo, como é o caso dos HPA´s.

Os Hidrocarbonetos Poliaromáticos ou também, HPA´s, são compostos orgânicos e contaminantes que podem ser encontrados na água, ar, solo e, também, nas fumaças dos cenários de incêndio. São compostos que se degradam lentamente, ou seja, levam muito tempo para sumirem do ambiente.
Um exemplo disso é o benzo(a)pireno, um HPA que foi estudado e comprovado como sendo cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisas em Câncer.

Os HPA´s são considerados como substâncias tóxicas, ou seja, a sua inalação em diversos ambientes de incêndio faz com que a que a profissão de bombeiros fosse classificada como cancerígena para humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer.
Para se ter ideia do impacto negativo sobre a saúde, estudos feitos com cerca de 30.000 bombeiros, indicaram altas taxas de incidência e mortalidade de incidência e mortalidade para diversos tipos de câncer, como os de esôfago, pulmão, intestino, rim e cavidade oral.

Além da exposição direta e aguda pela inalação durante o combate a incêndio, pode haver uma exposição crônica a tais substâncias em virtude do acúmulo em EPIs, trajes, ou ferramentas por meio da exposição cruzada (quando os contaminantes passam dos equipamentos para a pele), ocasionada principalmente pelo processo de lavagem incorreto dos mesmos. Esta exposição por longos períodos pode também causar danos à saúde destes profissionais.
Ou seja, mesmo após sair do cenário de combato ao incêndio os bombeiros estão suscetíveis a contaminação. Com esse cenário notavelmente insalubre, tornou-se necessária a criação de uma série medidas que visam reduzir os danos sofridos pelos bombeiros.

Como dito anteriormente, os riscos descontaminação não necessariamente ocorrem somente durante o combate a incêndio, como é ocaso da contaminação cruzada. Isso faz com que o cuidado com os EPIs e sua correta higienização sejam constantemente seguidos à risca.

Dentre os cuidados estão:

  • Lavar os trajes e equipamentos após cada uso. A lavagem é o melhor método para a retirada de HPA’s dos trajes, visto que o uso de jatos de ar e escovação a seco são comprovadamente ineficazes para uma descontaminação;
  • Lavar as mãos ou qualquer outra parte do corpo com água e sabão;
  • Separar os equipamentos usados em incêndios dos que estão limpos;
  • A criação de uma “zona de contaminação” e de uma “zona limpa” nos quartéis é recomendada.

A ciência, assim como os bombeiros, trabalha para melhorar em alguns aspectos a vida da sociedade em geral. Estudos científicos, apesar de parecerem complexos ou com uma linguagem complicada à primeira vista, têm o intuito de fornecer algo positivo as pessoas.
No caso desse texto, o foco em não só alertar os bombeiros sobre novos perigos da profissão, mas também em promover cuidados e orientações para uma melhor qualidade de vida desses profissionais, mostra um dos objetivos da ciência perante a população.…

Prevenção de Incêndios em Condomínios Verticais: Projeto Águas Claras Sem Chamas

A prevenção de incêndios em condomínios verticais, carece de conhecimento prévio da utilização correta dos recursos, disponíveis para controlar uma situação inicial de emergência, sem gerar pânico ou agravamento do problema.

Em um ambiente coletivo de moradias é extremamente importante adotar ações preventivas com o intuito de minimizar perdas humanas e materiais. Para que isso se torne uma rotina é necessário que todos os moradores saibam como agir em casos de emergências, para assim agilizar o processo de evacuação, auxiliando os funcionários do edifício e o Corpo de Bombeiros, evitando pânico, confusão, desorientação, falta de comunicação e acidentes.

Os recursos, obrigatoriamente, existentes nas edificações, vão desde placas de sinalização, saídas de emergência e alarmes de detecção de fumaça, até extintores de incêndio, hidrantes de parede e disponíveis nos halls das unidades, até sprinklers automáticos localizados em locais coletivos, dependendo da necessidade de condomínio.

E você, morador? Já se perguntou, em caso de ocorrência real de incêndio no seu bloco, o que você precisaria fazer?

  • Existe no seu condomínio um Plano de Evacuação ou Plano de Abandono de Área?
  • Quais são as diretrizes para moradores do bloco em caso real de incêndio?
  • Quais os procedimentos que devem ser tomados pela administração do condomínio e pelos funcionários de plantão?
  • O que são as vias de fuga e como sair de sua unidade em segurança?
  • Teria condições de efetuar ou auxiliar um primeiro combate em caso de princípio de incêndio em seu apartamento ou em seu vizinho?
  • Tem conhecimento de como utilizar efetivamente e com segurança os dispositivos preventivos localizados no hall de sua unidade?
  • Qual o número de telefone do Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar de sua cidade?

Muitas questões a serem respondidas, não é mesmo?

Na hora da emergência é preciso saber todas as respostas.

  • Identificar as forças, oportunidades, riscos e vulnerabilidades do condomínio para que os moradores e colaboradores do condomínio possam adotar as ações iniciais de combate ao princípio de incêndio.
  • Estabelecer os procedimentos para evacuação de emergência, normas para acionamento de alarmes e diretrizes para orientação dos moradores sobre o que deve ser feito em caso de saída rápida de suas unidades.
  • Ter um plano para designar as funções dos colaboradores de plantão e elaborar um plano de comunicação interna do condomínio.
  • Entender que o problema ocorre aonde a prevenção é falha e o sucesso de uma operação de evacuação/combate/salvamento depende muito de que todos tenham o conhecimento do que fazer e como fazer, na hora que algo tiver que ser feito.

Por isso, a FUNDAÇÃO 193, juntamente com o CBMDF está efetivando o PROJETO ÁGUAS CLARAS SEM CHAMAS, disponibilizando um guia com orientações sobre o que deve ser feito em casos de incêndios em edificações, para aliados à comunidade local, debater o assunto “PREVENÇÃO DE INCÊNDIO”, tendo por objetivo salvar vidas e patrimônios.

O guia conta com dicas de procedimentos e ações básicas em casos de emergência, sendo de fácil leitura para um entendimento que englobe todos os residentes nos condomínios de residenciais verticais do DF.

Conhecimento salva!…

As Histórias que os Incêndios Contam

Todo incêndio tem muito a dizer e nós precisamos ouvi-los, se quisermos preservar vidas e patrimônio.

Todos os dias, em todas as partes do mundo, ocorrem incêndios que, mesmo quando percebidos inicialmente, possuem grande potencial de dano, afetando, de modo direto, os cidadãos em suas vidas e patrimônio e o Estado, de forma indireta, pela necessidade de seguridade social, pela perda de propriedades geradoras de renda e pelos custos médicos envolvidos no tratamento de feridos.

Apesar do impacto que causam, os incêndios ainda são considerados por muitos como tragédias inevitáveis.

Editado em 1973, nos Estados Unidos da América, o Relatório America Burning foi primordial para a mudança de mentalidade daquele país, apontando a necessidade de um banco de dados dos incêndios como ferramenta para analisar suas causas e circunstâncias e para desenvolver ações de prevenção voltadas aos públicos alvos adequados.

Foi assim que nasceu o National Fire Incident Recording System – NFIRS que, desde 1973, coleta dados nacionais dos incêndios ocorridos em solo estadunidense.

É por meio de seus dados que a United States Fire Administration – USFA desenvolve estudos sobre as causas dos sinistros, com relatórios que apontam que os incêndios, em sua grande maioria, advêm de comportamentos inadequados relativos à própria segurança e de outrem, que podem ser evitados ou quando não, podem ter seu poder de dano minimizado.

Para que campanhas de prevenção sejam bem-sucedidas, e em tempo oportuno, faz-se necessário o levantamento, em cada incêndio, por menor que seja, das circunstâncias que culminaram para o seu início e sua propagação. Todo incêndio importa.

E é nessa atividade que exercem um papel fundamental os Comandantes de Socorro em uma ocorrência, registrando, em um sistema adequado e com maior número de informações possível, tanto as características dos sinistros quanto suas observações no que diz respeito ao comportamento destes.

São profissionais bem treinados para debelar os incêndios e, por isso mesmo, têm competência, habilidades e aptidão para identificar e relacionar informações importantes a respeito de como estes ocorreram e o que poderia ter sido diferente, caso medidas adequadas tivessem sido adotadas anteriormente.

Os Corpos de Bombeiros Militares no Brasil são os órgãos de Estado responsáveis por proporcionar a consolidação de tais dados e analisá-los sob a ótica de propor políticas públicas (ou ações públicas) baseadas em evidências, evitando novas tragédias, não somente por meio de códigos de segurança contra incêndio adequados, mas também por meio da conscientização da população quanto ao seu importante papel na salvaguarda de vidas e bens.

Essa coleta de dados também é conhecida como análise pós-incêndio e, sempre que possível, se vale dos trabalhos periciais realizados pelas corporações supracitadas.

Com uma base de dados robusta, confiável e em tempo oportuno, é possível direcionar efetivamente recursos humanos e logísticos, negociar orçamento público para as atividades de prevenção e impedir, juntamente com a população, que pequenas chamas se transformem em grandes tragédias.

Incêndios têm muito a nos dizer, mesmo depois de extintos. A nós, bombeiros, cabe “escutá-los” ativamente, consolidar seus dados em ações efetivas e transformar a perda no passado em segurança no presente e preservação no futuro.…

Aspectos Funcionais da Segurança Contra Incêndio e Pânico

A segurança contra incêndio e pânico inicia-se no planejamento de uma cidade, bairro ou quadra, isto é, no planejamento urbanístico. Nessa fase, deve ser pensada a localização dos hidrantes urbanos e do quartel de bombeiros para o atendimento às emergências, conjuntamente com a definição dos critérios de parcelamento territorial (taxa de ocupação dos lotes, afastamentos, vias de acesso), de destinação dos imóveis (comerciais, residenciais, industriais) e de porte das edificações (altas, baixas, etc.).

No entanto, a participação de profissionais especializados em segurança contra incêndio e pânico na fase de urbanismo ainda é muito incipiente no país. Uma atuação um pouco mais representativa, porém ainda tímida, ocorre na fase do planejamento arquitetônico e estrutural.

No Distrito Federal, o projeto arquitetônico do prédio deve ser submetido à Consulta Prévia do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal – CBMDF, antes de ser aprovado pela Administração Regional.

Isso porque a dinâmica do incêndio afeta e é afetada por critérios de distribuição de espaços, de circulações horizontais (corredores) e verticais (escadas, rampas, elevadores) e por aspectos de ventilação e de resistência estrutural, entre outros. Portanto, efetivamente, a proteção contra incêndio é pensada na fase do projeto de instalações.

O projeto de instalações contra incêndio e pânico ou simplesmente projeto de incêndio é o planejamento de como os sistemas de proteção contra incêndio e pânico cumprirão sua função no prédio. Determina critérios de aquisição, instalação, funcionamento e manutenção dos sistemas.

A análise do projeto de incêndio tem por função fiscalizar os critérios mínimos de segurança impostos pela legislação. Na análise, são verificadas as adequações dos sistemas projetados quanto à legislação em vigor.

O ideal é que o projeto anteceda a obra, mas nem sempre isso acontece. A inversão da ordem projeto → obra causa transtornos e aumento de custos.

Finalizada a obra, para que a edificação possa ser ocupada, deve ser obtido o documento de habite-se. A emissão da carta de habite-se leva em conta o parecer da vistoria técnica do CBMDF.

A vistoria para habite-se confere a adequação dos sistemas de proteção contra incêndio e pânico executados em relação ao projeto de incêndio aprovado anteriormente.

Após a vistoria para habite-se, as edificações, em geral, necessitam ser aprovadas em vistoria técnica do CBMDF para receberem o alvará de funcionamento e desenvolverem determinada atividade comercial ou industrial.

Na vistoria para alvará de funcionamento, é verificada a adequação dos sistemas instalados, de acordo com a atividade a ser desempenhada no local, podendo ser emitido um alvará permanente ou definitivo, ou um precário ou temporário ou, ainda, um eventual.

No caso do alvará de funcionamento para atividades eventuais, ou seja, para shows, festas, encontros, feiras, etc. que ocorram fortuitamente em edificações ou outras áreas, a vistoria técnica realizada pelo CBMDF busca verificar a adequação dos sistemas instalados, inclusive afastamentos, com a atividade a ser desenvolvida.

Porém, por se tratarem de atividades que estimulam a concentração de público, é dado um enfoque especial aos sistemas que auxiliam a fuga das pessoas em caso de sinistro.

Vale ressaltar que a fiscalização do CBMDF não se limita a essas etapas, pois a Corporação realiza ainda vistorias técnicas ocasionais, que podem ser motivadas por denúncias ou por pedidos, ou, ainda, por demanda própria.…

Uma História de Combate a Grandes Incêndios

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal é uma instituição de valor inestimável para a segurança da população brasiliense. Ao longo dos anos, esses bravos homens e mulheres têm se dedicado a combater incêndios de grandes proporções, arriscando suas vidas para proteger vidas e patrimônios. Neste post, vamos explorar alguns dos fatos históricos que destacam a coragem e a eficiência do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal no combate a incêndios de magnitude.

  • O Incêndio na Torre de TV:

Um dos momentos mais desafiadores na história do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal ocorreu em 1970, quando um incêndio irrompeu na Torre de TV de Brasília. Essa icônica estrutura, que é um dos principais cartões-postais da cidade, estava envolta em chamas, ameaçando a sua estabilidade. Os bombeiros enfrentaram altas temperaturas e uma luta incansável para controlar o fogo. Graças à sua coragem e perícia, conseguiram extinguir as chamas, preservando um símbolo importante da capital.

  • O Incêndio no Shopping Conjunto Nacional:

Em 1986, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal enfrentou um dos maiores incêndios da história de Brasília. O Shopping Conjunto Nacional, localizado no coração da cidade, foi tomado pelas chamas. O fogo se espalhou rapidamente, colocando em risco a vida de muitas pessoas e a destruição de diversos estabelecimentos comerciais. Os bombeiros lutaram incansavelmente contra o fogo, utilizando todos os recursos disponíveis para conter a tragédia. Sua ação rápida e eficiente foi fundamental para controlar o incêndio e evitar uma catástrofe ainda maior.

  • O Incêndio no Teatro Nacional:

Em 2008, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal enfrentou mais um desafio significativo: um incêndio no Teatro Nacional Claudio Santoro. Esse importante marco cultural de Brasília estava em chamas, ameaçando um patrimônio histórico e artístico. Os bombeiros responderam prontamente, trabalhando em condições adversas para controlar o fogo e evitar danos irreparáveis. Sua atuação foi crucial para salvar parte do teatro e preservar sua importância para a cidade.

  • O Combate aos Incêndios em Áreas de Preservação Ambiental:

Além de combater incêndios urbanos, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal também desempenha um papel fundamental na proteção das áreas de preservação ambiental que cercam a capital. Durante os períodos de seca, os incêndios florestais representam uma grande ameaça à biodiversidade local e ao equilíbrio ecológico. Os bombeiros atuam de forma incansável, muitas vezes em terrenos difíceis e inacessíveis, para controlar esses incêndios e preservar a natureza.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal tem uma história rica em coragem, dedicação e bravura no combate a grandes incêndios. Ao longo dos anos, esses heróis têm demonstrado uma capacidade notável de resposta e um compromisso inabalável com a segurança da população e a preservação do patrimônio. Seja enfrentando incêndios urbanos, protegendo monumentos importantes ou combatendo incêndios em áreas de preservação ambiental, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal é uma força vital para a segurança e o bem-estar de Brasília.

Jeann Wilson Aguiar Cavalcante

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Taxa de liberação de calor: da teoria à prática de combate a incêndios

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A taxa de liberação de calor–HRR (do inglês Heat Release Rate), ou mais apropriadamente taxa de liberação de energia, é o fator isolado mais importante para caracterizar o comportamento do fogo. Por meio dessa taxa tem-se noção da potência do fogo e de sua capacidade para causar danos. Normalmente a HRR é medida em kilowatts ou megawatts. Ela é influenciada por diversas variáveis, incluindo não só propriedades relacionadas ao material combustível em si (quantidade, tipo e orientação), mas também com o processo de combustão dentro da chama e as formas de transferência de calor no ambiente, além de condições de ventilação.

O desenvolvimento do incêndio num compartimento pode ser descrito por meio de uma curva de HRR versus tempo. E nesse ponto convém destacar o conceito de carga incêndio, tão conhecido dos bombeiros. Trata-se da energia calorífica total que pode ser liberada pela combustão completa do material combustível em análise. Em outras palavras, a carga incêndio é o resultado da integração da curva de HRR ao longo do tempo de queima.

A carga incêndio é largamente utilizada em normatização de análise de riscos de incêndio. No entanto, ela não consegue retratar a realidade dinâmica do incêndio, visto que a energia total devida à queima do material nunca será liberada de uma só vez, ao mesmo tempo. A curva de HRR, por sua vez,permite avaliar o pico de liberação de energia, o tempo de duração da queima e, mais importante aqui, possibilita fazer uma correlação com a quantidade de água necessária para debelar o incêndio e os respectivos modos de ataque que as guarnições de bombeiros utilizam para o resfriamento dos gases quentes da combustão.

Numa ocorrência de incêndio, as condições dinâmicas da cena irão demandar do comandante de socorro que decisões complexas sejam tomadas em curto prazo de tempo. Muitas vezes essas decisões são adotadas sob pressão e sem o conhecimento completo e preciso da situação. Nesses casos, mais do que nunca se recorre aos fundamentos. O que alguns diriam se tratar de resposta instintiva. No entanto, seria mais adequado chamar de consciência situacional a partir de uma combinação de treinamento assertivo e experiência em situações reais. Nesse sentido, o primeiro comandante na cena tem uma das posições mais desafiadoras no cenário de emergência, pois suas decisões irão afetar o resultado do incêndio, conduzir o destino da ocorrência ao sucesso ou fracasso.

Cabe ao primeiro comandante do incidente que chegar ao local da ocorrência elaborar um plano de ação básico, mesmo com poucas informações, mas que deve conter a tática correta para o cenário apresentado. Apoiado em sólidos princípios de dinâmica de incêndios, o comandante pode traçar a melhor estratégia. Contudo, as coisas nem sempre funcionam da forma que imaginamos e a cena pode evoluir para um agravamento do incidente, sendo necessário o acionamento de reforços.

Um segundo comandante de socorro chegando ao local nos primeiros 12 minutos pode ter a vantagem de entrar na cena com um novo olhar, sem vícios. Entretanto, é preciso coragem e experiência para ser capaz de optar adequadamente pela manutenção da estratégia ou por mudar a direção das ações.…

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