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Junho Violeta: mês da conscientização sobre a violência contra a pessoa idosa

O dia 15 de junho foi instituído, em 2011, pela Organização das Nações Unidas (ONU) em conjunto com a Rede internacional de prevenção ao abuso de idosos (INPEA), como data mundial de conscientização e enfrentamento da violência sofrida por pessoas idosas, a fim de gerar visibilidade a questões relacionadas aos diversos tipos de violências cometidas contra esse público e desenraizar preconceitos e discriminações, como o idadismo.

Segundo indicadores de violência contidos no site do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MHDC, 2023),

apenas nos primeiros cinco meses de 2023, o Disque 100* recebeu mais de 47 mil denúncias que apontam para cerca de 282 mil violações de direitos contra esse segmento social. No ano passado, os registros oficiais revelaram mais de 150 mil violações a partir de mais de 30 mil denúncias. Isso representa aumento 57% nas denúncias e de 87% nos registros de violações de direitos estatisticamente. Os números são do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.

Conforme o estabelecido no Estatuto da Pessoa Idosa (lei nº 10.741/2003): “considera-se violência contra a pessoa idosa qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico”. Violência doméstica, física, emocional, patrimonial, financeira, exploração, abandono, são alguns exemplos vivenciados no cotidiano de idosos, sem mencionar a existência de subnotificações que “mascaram” os dados acima. 

O abandono, forma de violência que se manifesta pela ausência de amparo ou assistência pelos responsáveis em cumprir seus deveres de prestação de cuidado à pessoa idosa, foi classificado em primeiro lugar no ranking das violências mais denunciadas.

 Variadas são as formas de discriminação e podem representar violação de direitos da pessoa idosa, até mesmo disfarçadas de “cuidado”, sem que seus/as os/as autores/as tenham clareza de que alguns comportamentos e ações afetam a dignidade dessas pessoas, a exemplo do impedimento de manuseio do próprio dinheiro, chamamento por pronomes/nomes pejorativos, desvalorização de vontades e desejos, isolamento, resultando no Idadismo/Etarismo, que é o preconceito ou discriminação vivenciados em razão da idade.

No dia 14 de junho, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi convidado a participar da cerimônia de abertura do Seminário Nacional de Direitos Humanos da Pessoa Idosa, evento alusivo à campanha Junho Violeta, que contou com a presença do Ministro de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida.

Na ocasião, foram apresentadas ações e iniciativas de políticas públicas voltadas às pessoas idosas e ao enfrentamento dos diversos tipos de violências sofridas por esse público. E que, assim, como as demais campanhas alusivas ao presente assunto, visam conscientizar a sociedade sobre a importância da atuação conjunta (poder público, sociedade civil e instituições privadas) pela garantia e ampliação dos direitos aos idosos.

O CBMDF atua com frentes voltadas para o público interno, ou seja, os/as militares da reserva remunerada, seus dependentes legais e pensionistas, por meio de diversos setores da instituição, a exemplo de atendimentos e intervenções na área da saúde física e psicológica, no reconhecimento e homenagens aos/às militares veteranos/as, bem como de ações de promoção e prevenção em saúde mental, a exemplo do PREPARAR – programa de preparação para a reserva remunerada.…

Reserva de Emergência: A Base para uma Vida Financeira Equilibrada

Por: Moisés Silva Dias

Ter uma reserva de emergência é essencial para garantir sua tranquilidade financeira. Imagine a seguinte situação: seu carro quebra, surgem gastos inesperados na escola do seu filho, sua geladeira queima ou o cano da pia estoura. Nessas horas, você precisa de dinheiro para resolver esses problemas. Mas e se você não tiver esse dinheiro guardado? É aí que a reserva de emergência entra em cena.

Imprevistos acontecem, e estar preparado para enfrentá-los é fundamental. Você nunca sabe quando eles vão surgir, mas é certo que ocorrerão em algum momento. Nesses momentos, a reserva de emergência pode ser a sua salvação. A alternativa seria recorrer a empréstimos, seja com parentes, amigos ou bancos. No entanto, empréstimos significam dívidas, e dinheiro emprestado custa caro, pois você terá que pagar juros. Isso certamente não é o que desejamos para uma vida financeira equilibrada e próspera. Queremos evitar dívidas e ter controle sobre nossa situação financeira.

Mas afinal, quem precisa de uma reserva de emergência? A resposta é simples: todos! Tanto investidores quanto pessoas endividadas devem ter uma reserva de emergência. Ela não só ajuda a sair das dívidas, mas também evita que você as acumule novamente. Além disso, ter uma reserva de emergência proporciona tranquilidade, pois você estará preparado para enfrentar os imprevistos que a vida nos apresenta.

Agora, por que ter uma reserva de emergência? Ela serve para livrá-lo da situação desagradável de pedir emprestado a parentes ou amigos, fazer um empréstimo no banco, usar o limite do cheque especial ou até mesmo sacar dinheiro do cartão de crédito. Ao ter uma reserva de emergência, você terá recursos disponíveis para lidar com esses imprevistos sem comprometer seu equilíbrio financeiro.

A pergunta que muitas pessoas se fazem é: quanto devo ter investido na minha reserva de emergência? O valor dependerá da estabilidade e frequência dos seus rendimentos. Se você é um profissional autônomo ou empreendedor, cuja renda é variável, é aconselhável ser conservador e ter o equivalente a um ano de suas despesas mensais investidas na reserva de emergência. Já se você é um funcionário de uma empresa com salário fixo, pode guardar de 6 a 12 meses de salários. No caso de funcionários públicos com estabilidade, reservar de 3 a 6 salários é suficiente. Faça uma estimativa de seus gastos mensais e avalie a estabilidade de sua renda e emprego. A ideia é ter uma reserva de emergência que lhe proporcione segurança.

Mas como construir essa reserva de emergência? Se você não tem o valor total disponível, comece investindo 10% de sua renda todos os meses até alcançar o montante necessário. Lembre-se de que a reserva de emergência é a base para uma vida financeira equilibrada e também para se tornar um investidor.

E onde depositar essa reserva de emergência? No seu banco, você pode aplicar um valor de 3 a 12 vezes o seu salário, dependendo da estabilidade e previsibilidade de sua renda. Opte por um CDB com liquidez diária, que ofereça uma rentabilidade mínima de 100% do CDI.…

Taxa de liberação de calor: da teoria à prática de combate a incêndios

A taxa de liberação de calor–HRR (do inglês Heat Release Rate), ou mais apropriadamente taxa de liberação de energia, é o fator isolado mais importante para caracterizar o comportamento do fogo. Por meio dessa taxa tem-se noção da potência do fogo e de sua capacidade para causar danos. Normalmente a HRR é medida em kilowatts ou megawatts. Ela é influenciada por diversas variáveis, incluindo não só propriedades relacionadas ao material combustível em si (quantidade, tipo e orientação), mas também com o processo de combustão dentro da chama e as formas de transferência de calor no ambiente, além de condições de ventilação.

O desenvolvimento do incêndio num compartimento pode ser descrito por meio de uma curva de HRR versus tempo. E nesse ponto convém destacar o conceito de carga incêndio, tão conhecido dos bombeiros. Trata-se da energia calorífica total que pode ser liberada pela combustão completa do material combustível em análise. Em outras palavras, a carga incêndio é o resultado da integração da curva de HRR ao longo do tempo de queima.

A carga incêndio é largamente utilizada em normatização de análise de riscos de incêndio. No entanto, ela não consegue retratar a realidade dinâmica do incêndio, visto que a energia total devida à queima do material nunca será liberada de uma só vez, ao mesmo tempo. A curva de HRR, por sua vez,permite avaliar o pico de liberação de energia, o tempo de duração da queima e, mais importante aqui, possibilita fazer uma correlação com a quantidade de água necessária para debelar o incêndio e os respectivos modos de ataque que as guarnições de bombeiros utilizam para o resfriamento dos gases quentes da combustão.

Numa ocorrência de incêndio, as condições dinâmicas da cena irão demandar do comandante de socorro que decisões complexas sejam tomadas em curto prazo de tempo. Muitas vezes essas decisões são adotadas sob pressão e sem o conhecimento completo e preciso da situação. Nesses casos, mais do que nunca se recorre aos fundamentos. O que alguns diriam se tratar de resposta instintiva. No entanto, seria mais adequado chamar de consciência situacional a partir de uma combinação de treinamento assertivo e experiência em situações reais. Nesse sentido, o primeiro comandante na cena tem uma das posições mais desafiadoras no cenário de emergência, pois suas decisões irão afetar o resultado do incêndio, conduzir o destino da ocorrência ao sucesso ou fracasso.

Cabe ao primeiro comandante do incidente que chegar ao local da ocorrência elaborar um plano de ação básico, mesmo com poucas informações, mas que deve conter a tática correta para o cenário apresentado. Apoiado em sólidos princípios de dinâmica de incêndios, o comandante pode traçar a melhor estratégia. Contudo, as coisas nem sempre funcionam da forma que imaginamos e a cena pode evoluir para um agravamento do incidente, sendo necessário o acionamento de reforços.

Um segundo comandante de socorro chegando ao local nos primeiros 12 minutos pode ter a vantagem de entrar na cena com um novo olhar, sem vícios. Entretanto, é preciso coragem e experiência para ser capaz de optar adequadamente pela manutenção da estratégia ou por mudar a direção das ações.…

Dia Mundial do Meio Ambiente – 05 de junho

Em 5 de junho celebra-se o Dia Mundial do Meio Ambiente, dia em que se iniciou a 1ª
Conferência da ONU para o Meio Ambiente, sediada em Estocolmo, na Suécia, em 1972. Nesta
época, o mundo começava a pensar nos problemas complexos que poderíamos enfrentar
quanto aos recursos naturais e já havia algumas conversas e discussões sobre a água, desastres
naturais, clima e alimento. Apesar disso, o tema ainda parecia bem distante, assim como as
discussões políticas e as pesquisas científicas.
Nesses mais de 50 anos, as Conferências da ONU sobre o tema estiveram presentes em 25
países, onde cada nação-anfitriã trouxe suas demandas objetivas e mostraram uma tentativa
de sensibilizar que o meio ambiente vai além das florestas, fauna, rios, mares… e que inclui
também a natureza da vida, o ser humano e a sua qualidade de vida – uma rede intrincada,
delicada e complexa, interdependente com equilíbrio dinâmico.

Qualquer ação tem uma reação e até a inação tem uma reação. Isso não é apenas uma Lei da
Física, é a representação objetiva da vida na prática, na realidade, no cotidiano. Mesmo
quando não conseguimos “ver” ou “perceber”, essa Lei se cumpre. E se cumpre na totalidade
do único ambiente conhecido que possibilita a vida tal qual conhecemos: o nosso planeta.
Todos estamos num só planeta, uma só Terra. Este foi o primeiro slogan “Only one Earth” da
Conferência Mundial do Meio Ambiente, que se repetiu 50 anos depois, em 2022, no seu paísanfitrião, a Suécia.
Após tantos chamamentos a refletirmos anualmente sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente, o
que temos? Motivos para festejar? Desafios superados? Novos problemas ou problemas
antigos ainda sem proposta de solução? Enquanto humanos, qual o balanço que podemos
fazer entre gerar soluções e gerar problemas à vida?
Em várias dessas Conferências foram discutidos temas como: pobreza, produtos químicos
tóxicos, camada de ozônio, direitos humanos, sustentabilidade, metas de desenvolvimento,
cidades verdes, desertificação, aquecimento global, economia verde, desperdício de alimentos,
consumo sustentável, comércio ilegal de vida selvagem, biodiversidade, poluição plástica e
poluição do ar… mas, ainda assim, a percepção da interligação de todos esses temas nos
parece inacessível. Ainda não assumimos que esses “problemas” não têm fronteiras, não são
de uma só comunidade ou população, de um só país ou continente. Precisamos pensar
globalmente no único palco conhecido da vida, o Planeta Terra. Já tivemos muito tempo para
pensar (50 anos é mais que uma vida…); é necessário agir com sabedoria a favor da vida e, agir
nesse instante.
Salvar vidas, pessoas e meio ambiente precisa estar em cada inspiração de ar aos nossos
pulmões, em cada gota de água para nossa sede, em cada alimento para nossa fome.
Precisamos de muito mais ainda: decidir nosso consumo e nosso descarte, decidir nosso
presente e nosso futuro. Leandro Karnal escreveu: “Todo ato meu fala de mim.” E, como somos
um Corpo, Corpo de Bombeiros do Coração do Brasil, que nossos atos de proteção ao meio
ambiente falem de nós. Continuando, todo ato nosso fala de nós e aqui podemos ver, de
verdade, como mudanças de comportamento individuais tem o poder de provocar mudanças
mais e mais amplas, que só o ser humano tem a capacidade de ofertar ao ambiente no qual
vive: o exemplo.…

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