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Projeto Águas Claras sem Chamas é Pré-Lançado com Autoridades e Comunidade na Faculdade Anhanguera

Em 8 de julho de 2024, no auditório do Centro Unieuro, foi realizada a cerimônia de encerramento do Projeto Águas Claras sem Chamas.

Multiplicadores, síndicos, lideranças comunitárias e patrocinadores receberam certificado pelo reconhecimento do trabalho voluntário em prol do projeto.

👉🏼Mais de 2 mil pessoas participaram das palestras ministradas pelos multiplicadores.

👉🏼Mais de 6 mil cartilhas foram distribuídas.

👉🏼 Cerca de 290 elevadores dos condomínios residenciais orientaram os moradores sobre a importância do conhecimento para o controle de incêndio em edificações.

👉🏼 Aproximadamente 80 mil pessoas foram alcançadas por mídias sociais com dicas de prevenção de incêndio.

O projeto foi um marco em Águas Claras. Queremos agradecer à Administração da cidade, ao 25º Grupamento de Bombeiros, aos apoiadores e a todos os síndicos e multiplicadores pela parceria.

Apoio:

Curso de Suporte Básico de Vida

Foi realizado no dia 06 de setembro de 2023 no Condomínio Atol das Rocas localizado em Águas Claras o primeiro curso de Suporte Básico de Vida para os colaboradores do condomínio.

A capacitação deles é de extrema importância para todos no complexo, pois todos que participaram do treinamento estão habilitados a interceder em uma situação de emergência, reduzindo os riscos para os moradores e agregando valor na prestação de serviço para a sua comunidade.

Confira abaixo algumas fotos do evento:

Créditos das fotos: Frederico Danin…

Apoio ao Seminário Internacional de Perícia de Incêndio

Nos dias 28, 29 e 30 de agosto o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal organizou o Seminário Internacional de Investigação de Incêndios que contou com a presença de ilustres pesquisadores dos Estados Unidos, Japão, Panamá e diversos brasileiros que apresentaram debates de alto nível.
A Fundação 193 tem o orgulho de ter apoiado o evento juntamente com a Fundação de Amparo a Pesquisa e diversos outros órgãos.
Confira um pouco do evento nas fotos abaixo:

Fotos de Tiago Rodrigues…

As Histórias que os Incêndios Contam

Todo incêndio tem muito a dizer e nós precisamos ouvi-los, se quisermos preservar vidas e patrimônio.

Todos os dias, em todas as partes do mundo, ocorrem incêndios que, mesmo quando percebidos inicialmente, possuem grande potencial de dano, afetando, de modo direto, os cidadãos em suas vidas e patrimônio e o Estado, de forma indireta, pela necessidade de seguridade social, pela perda de propriedades geradoras de renda e pelos custos médicos envolvidos no tratamento de feridos.

Apesar do impacto que causam, os incêndios ainda são considerados por muitos como tragédias inevitáveis.

Editado em 1973, nos Estados Unidos da América, o Relatório America Burning foi primordial para a mudança de mentalidade daquele país, apontando a necessidade de um banco de dados dos incêndios como ferramenta para analisar suas causas e circunstâncias e para desenvolver ações de prevenção voltadas aos públicos alvos adequados.

Foi assim que nasceu o National Fire Incident Recording System – NFIRS que, desde 1973, coleta dados nacionais dos incêndios ocorridos em solo estadunidense.

É por meio de seus dados que a United States Fire Administration – USFA desenvolve estudos sobre as causas dos sinistros, com relatórios que apontam que os incêndios, em sua grande maioria, advêm de comportamentos inadequados relativos à própria segurança e de outrem, que podem ser evitados ou quando não, podem ter seu poder de dano minimizado.

Para que campanhas de prevenção sejam bem-sucedidas, e em tempo oportuno, faz-se necessário o levantamento, em cada incêndio, por menor que seja, das circunstâncias que culminaram para o seu início e sua propagação. Todo incêndio importa.

E é nessa atividade que exercem um papel fundamental os Comandantes de Socorro em uma ocorrência, registrando, em um sistema adequado e com maior número de informações possível, tanto as características dos sinistros quanto suas observações no que diz respeito ao comportamento destes.

São profissionais bem treinados para debelar os incêndios e, por isso mesmo, têm competência, habilidades e aptidão para identificar e relacionar informações importantes a respeito de como estes ocorreram e o que poderia ter sido diferente, caso medidas adequadas tivessem sido adotadas anteriormente.

Os Corpos de Bombeiros Militares no Brasil são os órgãos de Estado responsáveis por proporcionar a consolidação de tais dados e analisá-los sob a ótica de propor políticas públicas (ou ações públicas) baseadas em evidências, evitando novas tragédias, não somente por meio de códigos de segurança contra incêndio adequados, mas também por meio da conscientização da população quanto ao seu importante papel na salvaguarda de vidas e bens.

Essa coleta de dados também é conhecida como análise pós-incêndio e, sempre que possível, se vale dos trabalhos periciais realizados pelas corporações supracitadas.

Com uma base de dados robusta, confiável e em tempo oportuno, é possível direcionar efetivamente recursos humanos e logísticos, negociar orçamento público para as atividades de prevenção e impedir, juntamente com a população, que pequenas chamas se transformem em grandes tragédias.

Incêndios têm muito a nos dizer, mesmo depois de extintos. A nós, bombeiros, cabe “escutá-los” ativamente, consolidar seus dados em ações efetivas e transformar a perda no passado em segurança no presente e preservação no futuro.…

Aspectos Funcionais da Segurança Contra Incêndio e Pânico

A segurança contra incêndio e pânico inicia-se no planejamento de uma cidade, bairro ou quadra, isto é, no planejamento urbanístico. Nessa fase, deve ser pensada a localização dos hidrantes urbanos e do quartel de bombeiros para o atendimento às emergências, conjuntamente com a definição dos critérios de parcelamento territorial (taxa de ocupação dos lotes, afastamentos, vias de acesso), de destinação dos imóveis (comerciais, residenciais, industriais) e de porte das edificações (altas, baixas, etc.).

No entanto, a participação de profissionais especializados em segurança contra incêndio e pânico na fase de urbanismo ainda é muito incipiente no país. Uma atuação um pouco mais representativa, porém ainda tímida, ocorre na fase do planejamento arquitetônico e estrutural.

No Distrito Federal, o projeto arquitetônico do prédio deve ser submetido à Consulta Prévia do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal – CBMDF, antes de ser aprovado pela Administração Regional.

Isso porque a dinâmica do incêndio afeta e é afetada por critérios de distribuição de espaços, de circulações horizontais (corredores) e verticais (escadas, rampas, elevadores) e por aspectos de ventilação e de resistência estrutural, entre outros. Portanto, efetivamente, a proteção contra incêndio é pensada na fase do projeto de instalações.

O projeto de instalações contra incêndio e pânico ou simplesmente projeto de incêndio é o planejamento de como os sistemas de proteção contra incêndio e pânico cumprirão sua função no prédio. Determina critérios de aquisição, instalação, funcionamento e manutenção dos sistemas.

A análise do projeto de incêndio tem por função fiscalizar os critérios mínimos de segurança impostos pela legislação. Na análise, são verificadas as adequações dos sistemas projetados quanto à legislação em vigor.

O ideal é que o projeto anteceda a obra, mas nem sempre isso acontece. A inversão da ordem projeto → obra causa transtornos e aumento de custos.

Finalizada a obra, para que a edificação possa ser ocupada, deve ser obtido o documento de habite-se. A emissão da carta de habite-se leva em conta o parecer da vistoria técnica do CBMDF.

A vistoria para habite-se confere a adequação dos sistemas de proteção contra incêndio e pânico executados em relação ao projeto de incêndio aprovado anteriormente.

Após a vistoria para habite-se, as edificações, em geral, necessitam ser aprovadas em vistoria técnica do CBMDF para receberem o alvará de funcionamento e desenvolverem determinada atividade comercial ou industrial.

Na vistoria para alvará de funcionamento, é verificada a adequação dos sistemas instalados, de acordo com a atividade a ser desempenhada no local, podendo ser emitido um alvará permanente ou definitivo, ou um precário ou temporário ou, ainda, um eventual.

No caso do alvará de funcionamento para atividades eventuais, ou seja, para shows, festas, encontros, feiras, etc. que ocorram fortuitamente em edificações ou outras áreas, a vistoria técnica realizada pelo CBMDF busca verificar a adequação dos sistemas instalados, inclusive afastamentos, com a atividade a ser desenvolvida.

Porém, por se tratarem de atividades que estimulam a concentração de público, é dado um enfoque especial aos sistemas que auxiliam a fuga das pessoas em caso de sinistro.

Vale ressaltar que a fiscalização do CBMDF não se limita a essas etapas, pois a Corporação realiza ainda vistorias técnicas ocasionais, que podem ser motivadas por denúncias ou por pedidos, ou, ainda, por demanda própria.…

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